Defender a saúde dos açorianos, defender o emprego e a economia e também os que estão numa situação de maior fragilidade. Estes são elementos que o presidente do PS/Açores considera fundamentais no projeto futuro do partido socialista.
No setor da saúde, Vasco Cordeiro explica que “não se trata de fazer face aos efeitos da pandemia da Covid-19, mas o de recuperar a prestação de cuidados em outras patologias que interessa fazê-lo de forma rápida e consistente”.
Já no emprego e economia, o cabeça de lista pelos círculos de São Miguel e compensação às eleições regionais de 25 de outubro adianta que o PS tem propostas concretas, nomeadamente o lançamento de um “processo de recapitalização das empresas, do ponto de vista da sua presença, em termos de mercados mais globais, através de um reforço e de uma estratégia dirigida à sua presença digital”.
Em entrevista à Atlântida, Vasco Cordeiro diz ser imperativo ainda defender aqueles que estão numa situação de maior fragilidade, como é o caso de crianças, jovens, idosos e cidadãos portadores de deficiência.
Questionado sobre a atual situação da SATA e de muitos partidos acusarem-no de ser o responsável, Vasco Cordeiro sublinha as contradições que têm sido ditas, criticando a proposta do PSD em relação à criação de uma única tarifa para residentes.
Quanto à questão da atual situação da SATA, Vasco Cordeiro recorda que a empresa “deixou de operar no mercado ou num modelo em que estava relativamente protegida, passando a operar num mercado completamente concorrencial, inclusive com companhias low cost”, salientando que isto tem “consequências” e “obriga à mudança de procedimentos”.
Na área da saúde, o também presidente do Governo Regional admite que as listas de espera não têm diminuído como gostariam, sublinhando que apesar de um crescimento de 80% do número de cirurgias que o Serviço Regional de Saúde (SRS) fez entre 2012 e 2019, também cresceram “em muito mais” o número de consultas, passando de cerca de 600 mil para 900 mil. Isto significa, segundo Vasco Cordeiro, que existe uma melhor monitorização da saúde dos açorianos, bem como uma melhor deteção atempada das situações que exigem uma intervenção cirúrgica. Adianta que o “fator de bloqueio” reside na capacidade de realização de cirurgias que não consegue dar a razão ao número de pedidos que estão a entrar. Nesse sentido, Vasco Cordeiro admite que há que intervir no reforço dos recursos humanos, bem como dos mecanismos, como os programas Vale Saúde e o Cirurge, “que podem promover um aumento de produtividade do próprio Serviço Regional de Saúde”.
Questionado de que forma é que o PS/A poderá ainda fazer a diferença, após 24 anos de governação, Vasco Cordeiro não hesita e refere que será da mesma forma como até agora.
O PS concorre em todos os círculos eleitorais, nas próximas eleições regionais açorianas, marcadas para 25 de outubro.
Nas anteriores legislativas açorianas, em 2016, o PS venceu com 46,4% dos votos, o que se traduziu em 30 mandatos no parlamento regional, contra 30,89% do segundo partido mais votado, o PSD, com 19 mandatos, e 7,1% do CDS-PP (quatro mandatos).
O BE, com 3,6%, obteve dois mandatos, a coligação PCP/PEV, com 2,6%, um, e o PPM, com 0,93% dos votos expressos, também um.
O PS governa a região há 24 anos, tendo sido antecedido pelo PSD, que liderou o executivo regional entre 1976 e 1996.
Vasco Cordeiro, líder do PS/Açores e presidente do Governo Regional desde as legislativas regionais de 2012, após a saída de Carlos César, que esteve 16 anos no poder, apresenta-se de novo a votos para tentar um terceiro e último mandato como chefe do executivo.
Fonte: Rádio Atlântida