A Secretária Regional da Energia, Ambiente e Turismo adiantou hoje que o Governo dos Açores vai disponibilizar 4,2 milhões de euros para projetos de interesse público nos domínios da promoção turística, da qualificação dos recursos humanos, da criação de uma oferta estruturada de animação turística e de suporte de estudos, monitorização e acompanhamento da atividade turística no arquipélago.
“Este é o maior valor desta legislatura”, frisou Marta Guerreiro, sublinhando a importância crescente do setor do turismo na Região.
“O Governo dos Açores está, naturalmente, ao lado de todos aqueles que promovem o Destino Açores e, com esse objetivo, disponibiliza esta verba para o apoio de projetos que se enquadrem na estratégia definida para o setor”, acrescentou.
A governante, que falava no âmbito da visita estatutária a São Jorge, destacou que esta ilha apresenta “um dos melhores crescimentos no número de dormidas”, sendo mesmo o segundo maior no que diz respeito às dormidas entre janeiro e novembro de 2019, de 17%.
“Estes dados positivos são, de facto, um excelente indicador do interesse turístico que São Jorge tem suscitado”, frisou.
Marta Guerreiro assinalou ainda o crescimento de dormidas no Turismo em Espaço Rural, de 138%, e no Alojamento Local, de 28%.
Na Hotelaria Tradicional, apesar de um ritmo de crescimento de 4%, destaque para um incremento de receitas em 9% e para uma “importante melhoria da rentabilidade para as respetivas unidades da ilha”.
A titular da pasta do Turismo visitou hoje o empreendimento ‘Cabanas da Viscondessa’, que se encontra em fase final de construção, considerando que será “mais um contributo para a qualificação da oferta em São Jorge”.
Trata-se de apartamentos turísticos situados na freguesia da Urzelina, de três estrelas, com seis unidades de alojamento, correspondentes a 18 camas, agrupadas em três edifícios, para além de um volume autónomo onde se instalam os espaços comuns e de apoio.
A Quinta da Bacelada, onde o empreendimento se situa, é uma extensa propriedade com mais de sete hectares, onde, durante os séculos XVII e XVIII, se cultivou a vinha dos Casteletes e, nos séculos XVIII e XIX, se produziu laranja que era exportada para Inglaterra, tendo integrado o morgadio da família Teixeira Soares de Sousa e herdada em 1885 pela Viscondessa de São Mateus.
“Em termos de localização, trata-se de uma zona bastante apelativa em termos paisagísticos, potenciada pelas suas vistas panorâmicas sobre o mar e sobre as ilhas do Pico e do Faial”, frisou Marta Guerreiro, reforçando que é uma construção “com pouco impacto sobre a paisagem e com preocupações em termos de integração do projeto na mesma”.
Segundo a Secretária Regional, “este é mais um investimento que tem todas as condições para ter grande sucesso pelas particularidades que apresenta”.
Fonte: Gacs