O vereador da Cultura da Câmara Municipal de Ponta Delgada, Paulo Mendes, afirmou, esta terça-feira à noite, no Teatro Micaelense, que o NOMA Azores, festival internacional de cinema organizado pela autarquia, surge em defesa dos Direitos Humanos.
Falando em representação da Presidente, Maria José Duarte, o vereador reafirmou o compromisso de Ponta Delgada para com a promoção e a proteção dos Direitos Humanos, uma vez que, ainda hoje, “existem direitos e liberdades que são repetidas e reiteradamente violados”.
Segundo Paulo Mendes, Ponta Delgada, com a organização deste festival, apresenta-se como “território inclusivo, enriquecido pela sua diversidade cultural, terra de emigrantes e de cada vez mais imigrantes, reafirmando-se como ponto de encontro entre homens e mulheres, entre cidades e países, para questionar, refletir e identificar mecanismos e sistemas de promoção dos Direitos Humanos”.
O NOMA Azores – Festival Internacional de Cinema de Direitos Humanos decorre até 31 de julho, é produzido pela Associação Cultural Silêncio Sonoro e traz ao Teatro Micaelense mais de 400 longas-metragens realizadas entre 2019 e 2021, provenientes de diferentes partes do Mundo, e que se apresentam à Competição Internacional e Nacional para Melhor Longa-Metragem (2.500 euros e 1.500 euros, respetivamente) e ao Prémio do Público (700 euros). A entrada é gratuita.
O número de filmes apresentados a concurso nesta primeira edição do NOMA-Azores aponta para a necessidade premente de se realizar um Festival de Cinema dedicado aos Direitos Humanos e “nesta missão os poderes públicos têm obrigação de se colocar na linha da frente”.
Estão a ser acolhidos filmes de realizadores e produtores de todo o mundo, sendo que o NOMA Azores “reforça a projeção nacional e internacional de Ponta Delgada enquanto cidade que promove a Cultura, neste caso a partir da amplitude do Cinema, como expressão de compromissos e transformações sociais”.
Paulo Mendes disse, ainda, que esta iniciativa da autarquia constitui um “motivo de orgulho e uma responsabilidade no que à promoção do Cinema e ao diálogo sobre os Direitos Humanos diz respeito”.
Além de longas-metragens de produção recente nacionais e internacionais, o NOMA-Azores integra programas especiais de curtas-metragens, abordando temas como as alterações climáticas, migrações, discriminações, direitos sexuais e reprodutivos, pobreza, entre muitos outros.
Fonte: CMPD