O número de doentes internados com AVC (Acidente Vascular Cerebral) tem aumentado, nos últimos anos, no hospital de Ponta Delgada. Na opinião da médica de Medicina Interna, Raquel Senra, tal facto prende-se sobretudo pelo “mau controlo” dos “fatores de risco cardiovasculares”, como a hipertensão arterial e a dislipidemia.
Em 2023, o Hospital Divino Espírito Santo (HDES) registou um total de cerca de 200 internamentos por AVC. Tudo indica que em 2024 este número seja ultrapassado.
Em pleno Dia Mundial do AVC, a especialista refere que esta lesão apesar de ser transversal a qualquer idade, afeta, maioritariamente, a partir dos 35 anos. Em relação aos jovens adultos, 1/3 da população que é internada com doença cerebrovascular corresponde a esta faixa etária, o que se assemelha a nível nacional.
Por outro lado, Raquel Senra adiantou, à Atlântida, que reconhecer os sintomas é essencial, enumerando, por isso, os mais comuns.
A profissional de saúde alerta que mal seja sentido algum destes sintomas, a pessoa deve dirigir-se “rapidamente” a um hospital que “consiga dar resposta quer em termos de diagnóstico, quer em termos de tratamento de fase aguda”, referindo-se ao hospital da CUF.
A médica especialista em Medicina Interna sublinha ser primordial apostar na prevenção, que incide sobretudo no controlo dos fatores de risco (hipertensão, diabetes, obesidade, sedentarismo), bem como na “educação da população para a identificação de sinais e sintomas”.
A propósito deste dia, Raquel Senra relembra que esta é uma lesão que pode provocar graves sequelas e que o AVC é a principal causa de morte e incapacidade em Portugal, estimando-se que 1 em 6 pessoas acaba por vir a ter um evento cerebrovascular.
Fonte: Rádio Atlântida