Há ainda muitas crianças que se encontram em risco ou em perigo e, por isso, denunciar estes casos é fundamental. O alerta é dado pela secretária-geral do Instituto de Apoio à Criança (IAC) nos Açores, em entrevista à Atlântida.
Em pleno Dia Internacional dos Direitos da Criança, Ana Vieira considera que ainda há um longo caminho a percorrer e receia que, no atual contexto de pandemia, haja “direitos mais emergentes” que não estejam a ser postos em prática.
A responsável salienta que denunciar estes casos é muito importante.
Ana Vieira sublinha que a população está cada vez mais sensibilizada para os direitos da criança. Um exemplo é o facto dos vários contactos estabelecidos com a Linha SOS Criança serem, na maioria, pedidos de orientação.
Para além disso, a responsável frisa que as próprias crianças estão mais conscientes dos seus direitos e são mais reivindicativas, pois têm acesso a mais informação.
A Convenção sobre os Direitos da Criança já tem mais de 30 anos e foi criada com a finalidade de defender e divulgar os direitos das crianças em todo o mundo. Contudo, Ana Vieira adianta que ainda se está um “pouco aquém de ver a criança como um sujeito de direitos” e não como um “alvo de proteção”.
Outro exemplo é o direito de brincar que, segundo a secretária-geral do IAC Açores, é “absolutamente essencial” para o desenvolvimento das crianças e para a construção da sua personalidade, sendo que é através deste direito que as crianças adquirem competências que lhes permitem ser mais autónomas, criativas e com maior capacidade de solucionar problemas na vida adulta.
Neste Dia Internacional dos Direitos da Criança, Ana Vieira deixa uma mensagem: “continuemos a ter a preocupação de manifestar afeto às crianças e não deixemos que algum sentimento de medo seja bloqueador do afeto”.
Fonte: Rádio Atlântida