Os poderes públicos ainda estão pouco sensibilizados para as políticas de família.
Quem o lamenta é Gilberta Rocha, investigadora do Centro Interdisciplinar de Ciências Sociais da Universidade dos Açores (UAc), que, em pleno Dia Mundial da População, sublinha que a “diminuição da natalidade é a principal causa do envelhecimento” e que tem consequências a longo prazo.
Em entrevista à Atlântida, a responsável alerta ainda para a “responsabilidade social” das empresas, pois considera que estas têm “pouca sensibilidade” nesta matéria. Por outro lado, acha importante o fenómeno da imigração, pois a “entrada de pessoas jovens é a única forma de minimizar os efeitos do envelhecimento da população e das suas consequências”.
A verdade é que o decréscimo da população é uma realidade nos Açores. Segundo Gilberta Rocha, “a década de 80, 90, 2000 e 2011” constitui o “período em que a população açoriana mais decresceu”, sendo das últimas décadas que “São Miguel perde população pela primeira vez”. As razões são várias.
Em termos de esperança média de vida, a investigadora salienta que Açores e Madeira são as regiões do país que registam os menores valores “à nascença”.
O Dia Mundial da População é celebrado anualmente a 11 de julho, com o objetivo de sensibilizar para as questões relacionadas com a população e reconhecer a importância das políticas demográficas no desenvolvimento socioeconómico dos países.
Fonte: Rádio Atlântida