“Cancro de pele surge por mau comportamento das pessoas”, alerta dermatologista

Na região, há 25 novos casos de cancro de pele (melanoma), por ano, e 225 casos de não melanoma (carcinoma basocelular ou espinocelular). Dados similares a nível nacional e europeu, de acordo com o Centro de Oncologia dos Açores (COA).

Segundo a dermatologista Sandra Medeiros, a taxa de incidência do melanoma ronda os 6%, em cada 100 mil pessoas, adiantando que está a aumentar, e que tal “é muito grave”. Apesar de mais informação e de várias campanhas de sensibilização, a especialista lamenta que “as pessoas continuam a ter um mau comportamento”, lembrando que o cancro surge por isso mesmo.

A exposição solar em excesso provoca queimaduras solares, que acarretam consequências muito negativas. Os escaldões na infância e na adolescência podem levar ao surgimento de cancros de pele, 20 a 30 anos depois. Além disso, a radiação do sol afeta doenças autoimunes, como o lúpus, dermatomiosite e provoca o fotoenvelhecimento e reações de fotossensibilidade.

De acordo com Sandra Medeiros, a radiação ultravioleta (UV) tem estado “extremamente elevada”, a rondar o índice 9, (sendo o máximo 12). Contudo, “o sol é bom, por estimular a síntese de vitamina D, e saudável às horas certas”. De manhã, até às 12h, e à tarde, a partir das 16h00.

Outras recomendações como chapéu de aba larga, óculos com proteção UVA e UVB, roupa adequada com proteção UV ou, até mesmo, peças pouco porosas e com tons mais escuros, que tapem os braços e as pernas, são as mais indicadas para pescadores, jardineiros, trabalhadores de construção civil, etc.

Além disso, recorrer à sombra de um guarda-sol ou de uma árvore, não usar solários, beber muita água e consumir alimentos de muita hidratação, como as frutas da época, melancia, melão, laranja, uva, entre outras, são importantes nesta altura do ano.

O uso do protetor solar é igualmente crucial, porém, a dermatologista deixa um aviso.

A especialista também chama a atenção para a importância do autoexame. “Qualquer sinal a alterar-se, a sangrar, com comichão ou prurido, com cascão, é um sinal de alerta”.

Fonte: Rádio Atlântida