O cancro colorretal é “bastante prevalente”, tanto nos Açores, como no continente. Quem o diz é o médico cirurgião no Hospital CUF Açores, Luís Amaral, que falava, à Atlântida, a propósito do mês de prevenção desta doença.
O especialista revela que, na região, este é o terceiro tumor com maior incidência nos homens.
Obesidade, alimentação pouco equilibrada, álcool e tabagismo são os fatores de risco que mais contribuem para esse problema de saúde.
No que toca aos sintomas, Luís Amaral afirma que, por vezes, este tipo de cancro pode ser assintomático e “só ser detetado em exames”. No entanto, assegura que quando dá sinais “muitas vezes são pouco valorizados pelas pessoas”.
O diagnóstico precoce é fundamental, sublinha o médico cirurgião, e os exames de rastreio, como a colonoscopia, são recomendados para pessoas a partir dos 50 anos ou para aqueles com histórico familiar da doença. O tratamento pode variar, dependendo do estádio do cancro, mas, geralmente, inclui cirurgia, quimioterapia e, em alguns casos, radioterapia.
Afirma que os tratamentos do cancro colorretal são “muito eficazes e a taxa de sobrevivência ultrapassa os 90%”.
Adotar um estilo de vida saudável, manter uma dieta equilibrada, praticar exercício físico, controlar o peso, estar atento aos sintomas e procurar ajuda junto do médico de família são alguns dos conselhos do especialista.
Luís Amaral deixa, ainda, uma mensagem à população.
Sobre a baixa adesão das pessoas ao rastreio, o médico cirurgião revela que a Covid-19 teve influência, vincando que ainda há muitos mitos em torno do exame endoscópico.
Março é o mês da prevenção do cancro colorretal e é uma oportunidade para aumentar a consciencialização sobre a patologia. Durante este mês, diversas campanhas são realizadas para informar a população sobre a importância do rastreio, diagnóstico precoce e adoção de hábitos saudáveis.
Fonte: Rádio Atlântida