Em 2019, houve um aumento do número de pedidos de ajuda por parte de idosos à Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV) nos Açores. A informação foi avançada pela gestora do Gabinete da APAV em Ponta Delgada.
Raquel Rebelo, em entrevista, à Atlântida, em pleno Dia Internacional de Sensibilização sobre a Prevenção da Violência Contra as Pessoas Idosas, afirma que este aumento se deve a vários fatores.
Segundo a responsável, a violência psicológica é a queixa mais frequente apresentada pelos idosos.
Na maioria, as vítimas são mulheres, com idades entre os 65 e os 80 anos.
No que diz respeito aos agressores, Raquel Rebelo revela que a maior parte é familiares, embora, também, haja cuidadores formais e informais.
A gestora do Gabinete da APAV de Ponta Delgada refere que a associação tem apostado num conjunto vasto de ações de sensibilização e de formações junto da população, bem como de profissionais. Sublinhou, ainda, que quando lhes chegam situações de casos de violência, “acionam os recursos da comunidade que possam apoiar a pessoa idosa”, explicando que estas situações de vitimação provocam danos, “não só psicológicos ou físicos”, mas também “de saúde e sociais”, daí ser importante “o trabalho em rede”.
Raquel Rebelo apelou para que a população continue a pedir ajuda, ressalvando que deve prestar atenção se a pessoa idosa está a manifestar algum comportamento diferente do habitual.
Esta data foi proposta pela INPEA – International Network for Prevention of Elder Abuse (Rede Internacional para a Prevenção dos Maus-Tratos a Idosos), com o objetivo de alertar a sociedade para a necessidade de prevenir e combater este fenómeno.
Fonte: Rádio Atlântida