A “simplicidade, a forma como veem a vida e a cumplicidade criada entre si e os atletas com síndrome de Down” foi o que motivou Paulo Borges a permanecer como treinador de atletismo e futsal adaptado do Clube Desportivo (CD) Santa Clara, já há 25 anos. Em pleno Dia Internacional da Síndrome de Down, o técnico alerta que é um “erro” achar que esta condição impõe limites.
Para Paulo Borges, os desportistas com esta alteração genética “têm uma resiliência enorme e possuem uma ambição e uma capacidade gigante para superar obstáculos”.
O treinador tem, à sua responsabilidade, seis jovens portadores desta deficiência, em que duas delas são de alto rendimento, e participam em provas regionais, nacionais e internacionais. Na sua opinião, o desporto adaptado cresceu “bastante” na região, mas ainda há aspetos a melhorar.
Daniela, de 32 anos, faz parte da equipa de atletismo adaptado do CD Santa Clara. Começou por praticar yoga, mas depois de trocar para esta modalidade, já “não vive sem”. Até ao momento, conquistou o primeiro lugar na marcha atlética e, em entrevista à Atlântida, revela qual é o seu sonho.
Aos pais com filhos com síndrome de Down e à população açoriana, Paulo Borges recomenda que todos os apoiem e assistam à “grandeza” destes atletas.
Por sua vez, Daniela conta-nos o que esta data especial significa para si e deixa uma mensagem à sua família.
A 21 de março assinala-se o Dia Internacional da síndrome de Down. Este ano, o tema é “Suporte para quem precisa. Todos juntos apoiando a inclusão! Seja rede de apoio! ”. Pretende chamar a atenção para a necessidade de governos e comunidades aprimorarem os sistemas de suporte, garantindo que todos tenham acesso a recursos adequados para uma vida plena e inclusiva.
Fonte: Rádio Atlântida