O Centro de Informação e Vigilância Sismovulcânica dos Açores (CIVISA) informou que ao longo do dia de ontem, 12 de abril, a análise preliminar dos registos sísmicos permitiu contabilizar cerca de 78 eventos, tendo a atividade sísmica aumentado ligeiramente em relação ao observado no dia anterior. Entre as 00h00 e as 10h00 de hoje foram contabilizados aproximadamente 43 eventos. A maioria dos sismos registados são de baixa magnitude e evidenciam uma origem de natureza tectónica.
Até ao momento foram identificados cerca de 244 sismos sentidos pela população.
A campanha de medição de gases e temperatura no solo que o CIVISA vem desenvolvendo desde o início desta crise na área epicentral não resultou, até à data, na identificação de qualquer anomalia, continuando os levantamentos de campo a decorrer nos próximos dias.
No âmbito da monitorização geodésica, o CIVISA, em colaboração com outras entidades, reforçou a rede de observação baseada em estações GNSS e continua a proceder ao tratamento de imagens de satélite. Os últimos dados disponíveis não revelam qualquer deformação significativa.
A integração da informação disponível permite concluir que as estruturas tectónicas onde se desenvolveram as erupções históricas de 1580 e 1808, e a crise sismovulcânica de 1964, no Sistema Vulcânico Fissural de Manadas, foram reativadas, sendo de admitir a ocorrência de uma intrusão magmática em profundidade.
O CIVISA alerta para a possibilidade de ocorrência de sismos que podem atingir magnitudes mais elevadas do que as registadas até ao momento, assim como para o perigo de ocorrência de derrocadas potenciadas pela atividade sísmica. Existe a possibilidade real de se poder vir a registar uma erupção vulcânica, mas não há evidências de que tal esteja iminente.
Pelo exposto o CIVISA encontra-se em ALERTA V4 desde as 15h30 do dia 23 de março.
O CIVISA emitiu igualmente um alerta para o Centro de Controlo Aéreo de Santa Maria (ACC Santa Maria), para o Volcanic Ash Advisory Centre (VAAC) de Toulouse e para o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).
Fonte: CIVISA