A ilha em mim…
Sou filha desta ilha,
Gota deste mar aberto
Carrego na alma, as alvoradas diáfanas
E os crepúsculos salgados do norte.
Nas veias, inflama-me o líquido quente do vulcão
E como filha,
Voltarei à terra que um dia me viu nascer,
Com pontes de semblante altivo
E ribeiras de águas intemporais
Sem arrependimentos do que fiz
Ou do que deixei por fazer
E o pó dos meus ossos,
Reencontrará a rocha
Por onde ficaram as pegadas
Dos meus passos de infância
Dos meus sonhos de criança
E todos os sonhos que alcancei
Todas as verdades que defendi
Serão de novo pertença
Desta terra envolta por bruma
Deste mar pincelado de céu
Que sempre senti como meu!
(Patrícia Brandão)