Em Portugal, há uma taxa de internamento por pneumonia entre os 110 e os 150 casos diários. Os dados foram avançados pelo médico pneumologista José Dias Pereira, que falava, à Atlântida, em véspera do Dia Mundial da Pneumonia.
O especialista refere que esta é uma das doenças mais letais dentro dos hospitais.
O médico adianta que a pneumonia adquirida na comunidade surge, sobretudo, nesta altura do ano, devido a dois fatores: por haver uma quebra das defesas dos mecanismos locais, há uma inalação de bactérias ou vírus que chegam ao tecido pulmonar e “fazem uma infeção aguda muito característica”; e por causa das viroses e do frio.
Dor torácica súbita; tosse; dificuldade em respirar e febres altas são alguns dos sintomas que as pessoas apresentam. Dias Pereira assegura que qualquer médico de Medicina Geral e Familiar está familiarizado com esta patologia, alertando, contudo, que, apesar de aqueles serem os sintomas da doença, a sua confirmação só é feita através de raio X.
Sobre o tratamento, o especialista revela que é através de antibióticos, afirmando que os doentes melhoram entre sete a 10 dias. No entanto, o médico alerta que pessoas que tenham determinadas patologias, nomeadamente diabetes, insuficiência cardíaca, bronquite crónica, entre outras, a pneumonia “pode numa fase inicial ter uma boa resposta, mas em poucas horas ou dias ela pode descompensar” e a única solução é o doente ser tratado em cuidados intensivos, com ou sem ventilação.
Relativamente à prevenção, Dias Pereira defende que há que se apostar mais na literacia em saúde e aconselha a população a fazer a vacinação antiviral e pneumocócica e ter estilos de vida saudáveis. O pneumologista considera que esta última é o “futuro, em grande parte, da medicina”.
Questionado se a pneumonia vai continuar a ser uma das doenças letais dos próximos anos, o médico especialista frisa que não é de um dia para o outro que se mudam os estilos de vida das pessoas e que, por isso, vai continuar a haver níveis de mortalidade elevados.
A pneumonia é uma infeção que se instala nos pulmões e é provocada pela penetração de um agente infeccioso ou irritante, como bactérias, vírus, fungos e por reações alérgicas, no espaço alveolar, onde ocorre a troca gasosa.
Fonte: Rádio Atlântida