O deputado na Assembleia da República, Paulo Moniz, sustentou hoje que o Porto da Praia da Vitória “tem todas as condições para integrar uma rede de abastecimento de Gás Natural Liquefeito (GNL) nacional, uma promessa que tem sido esquecida pelos governos socialistas”.
O social-democrata questionou o ministro da Economia e Mar sobre o assunto, lembrando os propósitos nacionais “em criar capacidade para termos postos de abastecimento, para veicular até 10 milhões de toneladas de GNL”.
Segundo Paulo Moniz, o Governo da República “deve assumir que, à semelhança do que tem em Sines – com um grupo de trabalho para considerar o investimento -, pode trazer a possibilidade de englobar o Porto da Praia da Vitória na rede de pontos reabastecedores de GNL, incluindo-o nessa estratégia nacional, como consideramos que merece amplamente”.
O deputado açoriano recordou que, “em novembro de 2017, a então ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, disse que o Porto da Praia da Vitória era fundamental para a estratégia nacional ligada ao abastecimento com GNL, dado o seu posicionamento ao nível do Atlântico e das novas rotas de carga”.
“Até hoje, o projeto não avançou, não se olhou para o Porto da Praia da Vitória, e na atual discussão nada se disse sobre o assunto e a sua importância estratégica”, criticou o parlamentar.
“Confesso que fico incomodado”, disse mesmo, “quando o Senhor ministro fala, e bem, da importância do mar e de que os Açores são privilegiados nessa dimensão, mas não retoma como prioritário na sua agenda o investimento na Praia da Vitória enquanto posto de abastecimento de GNL para navios”, considerou.
Para o deputado, “ainda vamos claramente a tempo, até porque está em curso o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), o Portugal 2030 vai ter fundos para se investir nesta área, pelo que se deve recuperar a importância estratégica daquela localização privilegiada nos Açores”.
O ministro respondeu a Paulo Moniz, dizendo que estava disponível para avaliar o processo inserindo o Porto da Praia da Vitória na rede de abastecimento “como um hub de paragem em rotas transatlânticas e porta de entrada em Portugal, com ligação a Sines e à Europa”.
Fonte: PSD/A