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“Nunca houve tanta pobreza e exclusão social” no pós-25 de Abril como há hoje. Quem o diz é Filipe Cordeiro, porta-voz da Associação Promotora das Comemorações do 25 de Abril, em Ponta Delgada, na ilha de São Miguel.
O responsável, que falava, ontem, na apresentação das celebrações da efeméride, nas Portas da Cidade, afirmou que a revolução dos cravos “em 51 anos trouxe indiscutivelmente melhorias para a sociedade portuguesa”, mas “houve sonhos e ideais que aqueles que o viveram intensamente ainda estão em busca da sua concretização”.
Disse, ainda, que deseja que as comemorações do 25 de Abril sejam um “grito de alerta e de esperança”.
Já Pedro Nascimento Cabral, presidente da Câmara Municipal de Ponta Delgada, parceira nestes festejos, que decorrem, amanhã, no centro histórico da maior cidade açoriana, vincou que, enquanto houver desigualdades “o 25 de Abril ainda não se cumpriu”.
Para assinalar as comemorações do 25 de Abril, em Ponta Delgada, as seis mais antigas filarmónicas dos concelhos da ilha de São Miguel vão atuar nas Portas da Cidade, interpretando canções de Zeca Afonso. O evento decorre a partir das 15h30.
“Canto Moço” será a primeira música a ser interpretada pela Filarmónica Triunfo, da Ribeira Grande, seguindo-se a Banda Fundação Brasileira, dos Mosteiros, a entoar “Maria Faia”. Já “A Morte saiu à rua” vai ser tocada pela Filarmónica Furnense, das Furnas, concelho da Povoação, e “Os Vampiros” pela Filarmónica Eco Edificante, do Nordeste. “Venham mais cinco” vai ser interpretada pela Banda Lealdade, de Vila Franca do Campo e “Traz outro amigo também” pela Fraternidade Rural, de Água de Pau, concelho de Lagoa. Já a “Grândola Vila Morena” e o Hino de Portugal e dos Açores serão tocados por todas as bandas.
Fonte: Rádio Atlântida