O uso obrigatório de material de proteção individual dificulta a vida dos cegos e pessoas de baixa visão. Esta é uma das principais preocupações apresentadas pelo presidente da delegação dos Açores da Associação de Cegos e Amblíopes de Portugal (ACAPO), que falava, à Atlântida, sobre as medidas apresentadas pelo Governo dos Açores para a retoma de várias atividades na Região.
Pedro Resendes revela algumas das dificuldades que as luvas, máscaras e viseiras provocam no dia a dia destas pessoas.
Para colmatar esta situação, o responsável pela ACAPO – Açores refere que as pessoas que não conseguem estar em teletrabalho, deviam ser consideradas grupo de risco, “de forma a usufruírem das regras anunciadas pelo presidente do Governo Regional”, dando o exemplo do horário estipulado para aquele grupo de pessoas.
O regresso às aulas é outra das preocupações da ACAPO. Pedro Resendes refere que há uma desadequação de atividades e sobrecarga de trabalhos, o que, neste caso, implica um uso intensivo da visão para aqueles que ainda a têm.
O responsável alertou as pessoas anónimas que os ajudam na rua para terem o cuidado de, em vez de lhes pegarem no braço e lhes levarem, deem o braço para que possam agarrar o cotovelo e seguir a ajuda que lhes estão a dar.
Fonte: Rádio Atlântida