Os Açores registam, por ano, cerca de 130 novos casos de cancro do pulmão. Uma “tendência crescente”, alerta o presidente do Centro de Oncologia dos Açores (COA).
João Macedo adianta que a doença regista, no arquipélago, uma “incidência superior à média nacional”, que está relacionada com o “principal fator de risco”: o tabagismo.
Em pleno Dia Mundial do Cancro do Pulmão, o responsável frisa que esta patologia continua a ter mais incidência nos homens, cerca de 65 a 70%, apesar de se registar um aumento gradual nas mulheres.
Relativamente à taxa de mortalidade, esta é também superior à média nacional. Em 2022, rondou os 60%, o que se traduz em 153 óbitos nos Açores. Isto significa que cerca de 22% das mortes de cancro na região são de cancro do pulmão.
Ter atenção aos fatores de risco é essencial para prevenir a doença. De sublinhar que este é o cancro que mais mata em Portugal e no mundo. Nesse sentido, o presidente do COA deixa um alerta.
O rastreio é uma ferramenta crucial para diagnosticar a doença precocemente.
Questionado sobre o rastreio de cancro do pulmão nos Açores, João Macedo avançou que o grupo de trabalho constituído para o efeito já reuniu e tem estado a “trabalhar nas definições técnicas”, como a “população de risco, circuitos, etc”. Posteriormente, será implementado um projeto-piloto nas ilhas Terceira e São Miguel. A comissão técnica prevê apresentar o seu trabalho no final do mês de setembro ou inicio de outubro.
Fonte: Rádio Atlântida