O Portal “A Minha Ilha”, promovido pela Secretaria do Ambiente e Ação Climática, recebeu mais de 250 queixas nos últimos seis meses. A propósito do Dia Mundial do Ambiente, celebrado hoje, o alerta recai sobre a problemática da degradação da terra, que afeta negativamente 3,2 biliões de pessoas em todo o mundo.
Segundo Ana Cristina Rodrigues, diretora regional do Ambiente e Ação Climática, a redução de biodiversidade, o aumento da vulnerabilidade à erosão, o pastoreio excessivo de animais em determinadas áreas, o uso inadequado dos recursos hídricos são algumas das causas do desgaste do solo, mas há mais.
Para reverter este cenário, o Governo dos Açores tem implementado diversas medidas para promover a conservação ambiental, a mitigação e adaptação às alterações climáticas. Estas medidas, que refletem um compromisso com a proteção da riqueza natural da região e a sensibilidade ambiental única do arquipélago, requerem abordagens interdisciplinares e integradas com políticas eficazes. A inovação tecnológica, um financiamento adequado e uma educação contínua são igualmente importantes.
De acordo com a responsável, em última instância, a degradação da terra trará consequências severas para a saúde humana, para os ecossistemas e para o ambiente em geral, tais como a insegurança alimentar, doenças respiratórias, cancerígenas e outras condições crónicas devido à poluição e substâncias químicas. A escassez da água potável e a destruição dos habitats são outras das possíveis danos.
Este efeito adverso também contribuiu para o aumento das emissões de gases com efeitos de estufa, o que leva à criação de eventos climáticos extremos.
Nesse sentido, torna-se urgente estabelecer mudanças práticas e comportamentais, a aplicação das práticas agrícolas sustentáveis em larga escala, a transição para energias renováveis, a conservação e recuperação de ecossistemas degradados.
Para assinalar este dia, Ana Cristina Rodrigues deixa uma mensagem especial.
No âmbito do Dia Mundial do Ambiente, que tem como objetivo acelerar o restauro da terra, a resiliência à seca e à desertificação, o executivo vai promover, até 7 de junho, ações de sensibilização ambiental, realização de percursos pedestres e interpretativos, passeios de barco, observações de espécies de fauna e flora, bem como a plantação de espécies endémicas.
Fonte: Rádio Atlântida