“A agricultura é um setor vital na economia açoriana.” Na reta final de 2024, Jorge Rita, presidente da Federação Agrícola dos Açores (FAA), reconhece que este foi “um ano mais positivo que o anterior porque houve muitas coisas que melhoraram”.
Entre as várias razões estão a eleição de dois eurodeputados, baixas em alguns custos de produção, como nas rações e fertilizantes, bem como a subida do preço do leite, da carne e das hortícolas. Quanto ao gasóleo agrícola, “s
ofreu muitas oscilações neste ano e sua liberalização será de extrema importância”.
O responsável realça também que 2024 foi um ano “forte” ao nível das reivindicações, mas com uma “aceitação total do Governo Regional em todas as exigências”.
Ainda assim, 2025 será marcante e atrativo relativamente aos apoios para os jovens agricultores.
Quanto ao impacto do acordo EU-Mercosul, Jorge Rita acredita que será benéfico para a agricultura açoriana, porém faz uma ressalva.
Já para o ano que se avizinha, os grandes desafios estarão relacionados com a “mão-de-obra especializada e a importada”. Nesta última, o dirigente lamenta persistirem dificuldades na adaptação dos trabalhadores ao “nosso modo de trabalho e modo de vida”.
Além disso, o porta-voz da Federação Agrícola dos Açores garante que não irá aceitar os “apoios discriminados aos produtores açorianos em relação aos do continente” e deixa um recado ao Primeiro-Ministro, Luís Montenegro e não só.
De acordo com Jorge Rita, nos próximos anos, há “muito trabalho a fazer ao nível de eventos e formação no setor da carne”, uma vez que esta área é importante para o crescimento da região, principalmente, em algumas ilhas.
Fonte: Rádio Atlântida