A falta de professores tem vindo a agravar-se e a tendência é piorar nos próximos anos. Quem o diz é António Fidalgo, presidente do Sindicato Democrático dos Professores dos Açores (SDPA), que faz, mais uma vez, um balanço negativo do arranque do ano letivo na região.
O dirigente sindical alerta ainda que o número de docentes que se vai reformar “será significativo” e que estão a substituir estas saídas com “muito poucos novos candidatos”.
Em conferência de imprensa, esta sexta-feira, em Ponta Delgada, o sindicalista assegurou, também, que há alunos com falta de docentes em algumas disciplinas.
Outra das preocupações apresentadas pelo presidente do SDPA prende-se com os apoios educativos que “ocupam horas letivas ou com o apoio às crianças do modelo de educação inclusiva”.
O responsável alerta, ainda, para um crescente recurso a candidatos sem habilitação para a docência, o que inquieta aquele sindicato.
António Fidalgo revela que estes professores sem aptidão para lecionar “têm um enquadramento pelos docentes dos quadros” o que faz com que estes fiquem sobrecarregados.
No que toca ao balanço do início do ano letivo, o dirigente sindical frisa que a situação “não é extremamente positiva”.
Relativamente aos manuais digitais, o SDPA espera que “rapidamente se ultrapassem os constrangimentos registados no início do ano” e que se consigam resolver até ao final deste mês e início do próximo. Nesse aspeto, António Fidalgo defende a “necessidade de um estudo aprofundado das vantagens e eventuais desvantagens da sua utilização nas aprendizagens dos alunos. Isto quando em alguns países da Europa estão a deixar de apostar nas novas tecnologias.
Por outro lado, mas em Portugal, o ministro da Educação, Ciência e Inovação, Fernando Alexandre, anunciou na quarta-feira que o Governo vai recomendar às escolas a proibição do uso de telemóvel nos 1.º e 2.º ciclos e restrições no 3.º ciclo, esperando o sindicalista que a tutela regional o faça nos Açores.
Fonte: Rádio Atlântida