Há um aumento de cidadãos estrangeiros a residir nos Açores. Tal facto deve-se à falta de mão de obra que existe na região.
À Atlântida, Leoter Viegas, presidente da Associação dos Imigrantes nos Açores (AIPA) revela que as comunidades com maior representatividade são a brasileira, a alemã, a cabo-verdiana, a chinesa e a francesa, tendo havido um aumento substancial de nepaleses. No entanto, alerta que nos últimos dois anos tem havido uma mudança na estrutura da população estrangeira.
O responsável afirma que há “setores na sociedade que não conseguem sobreviver sem mão de obra estrangeira” e que os mesmos ao saberem dessa informação vêm para os Açores “preencher essas vagas de emprego disponibilizadas pela economia e que as pessoas locais não estão interessadas”.
Leoter Viegas garante que a “esmagadora maioria dos imigrantes que vive nos Açores estão a trabalhar”, salientando que para saber se ficam na região a trabalhar de forma temporária ou não “teriam de analisar o fenómeno a médio prazo”, sobretudo, os que vêm no Nepal.
Questionado se os Açores sabem acolher os imigrantes e se há políticas adequadas aos mesmos, o presidente da AIPA refere que a imigração de hoje não é a mesma do que há 20 anos, altura em que aquela instituição surgiu, salientando que o arquipélago “tem feito um caminho” e que, atualmente, há muitos “mais atores envolvidos na política de acolhimento e integração dos imigrantes”. Mesmo por parte do Governo Regional “já há algumas políticas públicas de integração”, mas é um caminho que “não está feito”, frisando que é necessário criar mais políticas, especialmente políticas públicas ao nível do poder local.
Recorde-se que a AIPA é uma instituição sem fins lucrativos, com estatuto de Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS) e está aberta para apoiar todas as pessoas migrantes que escolheram os Açores para residir, de Santa Maria ao Corvo.
Fonte: Rádio Atlântida