“A doença renal crónica é, muitas vezes, uma doença silenciosa”. Quem o garante é Carolina Ormonde, médica nefrologista no Hospital Divino Espírito Santo (HDES), em Ponta Delgada.
Segundo a especialista, que falava, à Atlântida, em pleno Dia Mundial do Rim, esta patologia evolui ao longo de cinco fases. Num estágio inicial, sinais como “cansaço, perda de apetite, retenção de líquidos ou tensão arterial mais alta” podem ser “pouco evidentes” levando o paciente a desvalorizá-los, caso não haja um acompanhamento regular por parte do seu médico de família.
Contudo, a médica deixa a ressalva que dores lombares, não são, ao contrário do que as pessoas pensam, um indício da doença. Ainda assim, há vários fatores de risco a ter em conta para o desenvolvimento desta patologia.
A nível do tratamento, a especialista explica quais os exames mais indicados para o diagnóstico precoce.
Em 2040, estima-se que a doença renal seja a quinta causa de morte em todo o mundo. Já em Portugal, num estudo realizado em 2020, verificou-se a prevalência de 20% deste problema na população portuguesa. A nível regional, prevê-se que sejam “valores superiores”.
“Como estão os seus rins?” foi o tema escolhido para assinalar a data este ano.
A deteção precoce protege a saúde renal, tal como o rastreio, garante Carolina Ormonde, para que “esta doença não se desenvolva ou atinja fases avançadas”. Por esse motivo, a adoção de um estilo de vida saudável e a prática de exercício físico regular são importantes.
A nível da alimentação, é fundamental reduzir a quantidade de sal na confeção e no consumo de ultraprocessados, bem como gorduras e açúcares. Evitar tabaco, bebidas alcoólicas e carnes vermelhas são outras recomendações, dando preferência às carnes brancas e peixes.
Fonte: Rádio Atlântida