Em 2020, o Comando Territorial dos Açores da Guarda Nacional Republicana (GNR) recebeu 900 denúncias de maus-tratos a animais de companhia. No entanto, entre janeiro e março deste ano, e comparando com o período homólogo do ano passado, registou-se um aumento com 380 queixas.
Os dados foram revelados, à Atlântida, pelo sargento António Sousa, que refere que cerca de 80% destas são relativas à ilha de São Miguel, seguindo-se Terceira e depois as ilhas do Faial, Pico e São Jorge. O Corvo é a ilha que menos registos tem. O militar adiantou, ainda, que a maioria das denúncias está relacionada com ruídos dos animais, frisando que “as pessoas estão mais em casa e que isso justifica o acréscimo”, sendo que estas partem dos vizinhos. Disse, também, que em anos anteriores as denúncias eram feitas por turistas, mas que nos últimos tempos, devido à pandemia, esta situação alterou-se.
O sargento Sousa referiu quantas infrações representaram contra-ordenações ou crimes.
Relativamente aos cães perigosos ou potencialmente perigosos, o GNR refere que a maioria das infrações diz respeito à falta de requisitos para a detenção deste tipo de animais, ou seja, seguro que é obrigatório, formação, esterilização e condições de segurança nos canis, salientando que os crimes não são intercetados na rua, mas nas residências dos donos daqueles animais.
No que toca à entrada de animais exóticos nos Açores, através dos aeroportos de Ponta Delgada e de Angra do Heroísmo, o militar refere que são sobretudo aves e fizeram 18 ações de fiscalização, sendo 12 no Aeroporto João Paulo II e seis no Aeroporto Internacional das Lajes. Destas, apenas uma foi constituída contra-ordenação “por falta de autorização de entrada na Região”.
O sargento Sousa afirma que a população está mais sensibilizada para os cuidados a ter com os animais de companhia e para denunciar os infratores, devendo-se isso ao trabalho de sensibilização desenvolvido pela GNR.
O militar aproveitou, ainda, para alertar a comunidade a não publicar na internet animais para venda.
De acordo com o responsável, as denúncias podem ser formalizadas através do telefone 808 200 520.
Fonte: Rádio Atlântida