Apenas uma em cada três crianças do 2.º ano das escolas da ilha de São Miguel tem um lanche saudável. Conclusões do projeto-piloto “BaLanSa – Bares e Lancheiras Saudáveis”, que está a ser desenvolvido nos estabelecimentos de ensino da maior ilha açoriana através da Equipa de Nutrição da Unidade de Saúde da Ilha de São Miguel (USISM).
Entre os alimentos mais encontrados nas lancheiras estão os bolos de pastelaria. Já a fruta é o que os alunos menos comem.
Duarte Vidinha, nutricionista da USISM, revelou, à Atlântida, que na maior parte dos bares a “grande percentagem dos géneros alimentícios está de acordo com o que está descrito nas diretivas, mas há sempre uma pequena parte que nem sempre está de acordo” e é nisso que vão atuar. Contudo, isso só será possível mais tarde, devido à pandemia.
Todos os alimentos que não tenham açúcar e sal adicionados são “boas escolhas”, refere o especialista, salientando que para terem uma boa opção devem agrupar os alimentos em três: laticínios, fruta e cereais, que são os mais apropriados para os lanches da manhã, sendo a água a bebida de eleição.
Após esse levantamento da qualidade dos lanches, a equipa de nutricionistas criou o livro “As viagens da Risinhos”, composto por oito capítulos e desafios teórico-práticos.
Alargar o programa a todos os anos do 1.º ciclo é um dos objetivos.
Neste momento, o projeto abrange todos os estabelecimentos de ensino do 1.º ciclo da ilha de São Miguel, um total de 76 escolas, 83 turmas e 1.450 crianças do segundo ano de escolaridade.
O nutricionista diz que têm sido bem recebidos pela comunidade escolar e os estudantes estão “motivados e entusiasmados”.
O “BaLanSa” é um projeto de intervenção comunitária, desenvolvido nas escolas e é apoiado pela Missão Continente.
Fonte: Rádio Atlântida