O presidente do Governo Regional dos Açores disse, hoje, que assinalar o Dia Nacional da Agricultura, como a Associação Agrícola de São Miguel (AASM) tem feito, junto dos mais novos, assume uma dupla importância: educativa e pedagógica e de promoção do produto agrícola no quadro do agroalimentar.
José Manuel Bolieiro falava, à Atlântida, no Mercado Agrícola de Santana, no concelho da Ribeira Grande, onde estão, durante esta quarta-feira, crianças das várias escolas da ilha de São Miguel, a celebrar a efeméride.
A AASM, em parceria com a Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP), o Governo Regional e outras entidades públicas, organizou, no recinto da feira, um conjunto de atividades, direcionadas para os alunos do 1.º ao 6.º ano de escolaridade, com a finalidade de os sensibilizar para a importância da agricultura, do mundo rural e do desenvolvimento sustentável, reforçando a ligação entre os mais novos e o setor agrícola.
O chefe do executivo açoriano acrescentou, ainda, que esta é uma forma de os mais novos “descobrirem vocações”, sublinhando que o que atrai os jovens para uma atividade no futuro é a “potencialidade de se realizarem” e de “terem rendimento”.
Por seu turno, Jorge Rita, presidente da AASM, assegura que este é um momento de “afirmação” da instituição, referindo que através do evento pretendem ter um momento de comunicação e de sensibilização junto das camadas mais novas.
O também representante da lavoura açoriana afirma que esta é uma atividade que não fascina os jovens devido às dificuldades que o setor atravessa e por ser um serviço que não é muito reconhecido.
Segundo dados avançados pelo Governo Regional, a expedição de bens alimentares atingiu, no ano passado, 458 milhões de euros, o valor mais alto dos últimos dez anos.
Na região tem havido um progressivo crescimento no agroalimentar. Registou-se um aumento de mais de 20% na fruticultura e horticultura; na área de produção biológica mais 4.000 hectares; e mais 10% nas Classificações de Indicação Geográfica Protegida (IGP) e de Denominação de Origem Protegida (DOP). Já no que diz respeito à autonomia alimentar animal, esta bateu recordes de 14.300 hectares e o abate de bovinos houve um incremento de 7%.
Fonte: Rádio Atlântida