As falhas de fornecimento de material para o setor da construção civil poderão levar à suspensão de diversas obras em curso, na região.
Quem o diz é a presidente da Associação dos Industriais de Construção Civil e Obras Públicas dos Açores (AICOPA), que falava, à Atlântida, no âmbito das consequências que a pandemia de Covid-19 está a provocar no setor.
Alexandra Bragança adianta, que perante esta realidade, as empresas de construção civil vão deixar de conseguir faturar, criando um grave problema.
Por outro lado, a AICOPA está preocupada com os trabalhadores, pois muitos deles trabalham lado a lado, o que pode originar cadeias de transmissão da doença. Se tal acontecer, com a falta de recursos humanos, “os trabalhos poderão vir a ser suspensos”. Alexandra Bragança fala mesmo em estagnação de algumas obras, a curto e a médio prazo.
Para contrariar este cenário, a presidente da AICOPA defende medidas específicas, referindo que as anunciadas não correspondem à realidade, como é o caso da obrigação da manutenção do emprego. Para o setor da construção civil, em particular, Alexandra Bragança afirma que há medidas que podem ajudar muito, que se prendem, por exemplo, com os pagamentos e os respetivos prazos.
Outras medidas que a responsável defende passam pela agilização de alguns pormenores relacionados com a natureza burocrática que algumas medidas estão sujeitas, nomeadamente as linhas de crédito e, ainda, a suspensão das obrigações fiscais e contributivas.
A presidente da AICOPA apela aos empresários do setor para terem cautela na execução das obras, adotar todas as medidas que a Autoridade de Saúde Regional tem vindo a emitir no que toca à higienização e ao contacto próximo entre trabalhadores, e ter cuidado nos refeitórios das obras, bem como no transporte de pessoal. Apela ainda aos empresários, sejam associados ou não, para reportarem à AICOPA “os problemas com que se estão a deparar e que gostariam de ver resolvidos”.
Fonte: Rádio Atlântida