Em 2023, o Gabinete de Apoio à Vítima de Ponta Delgada, da Associação de Apoio à Vítima (APAV) dos Açores, acompanhou 340 pessoas vítimas de crime e registou 1.875 atendimentos. Os dados foram avançados, à Atlântida, por Sílvia Branco, gestora daquela instituição, que falava no âmbito das VIII Jornadas da APAV Açores, que vão decorrer, este mês, na ilha de São Miguel.
A responsável sublinha que a violência doméstica é, ainda, o crime com maior expressão na região, seguindo-se a ameaça e coação, a difamação e as injúrias, furtos e crimes de natureza sexual.
Afirma que há “um aumento da complexidade das situações” que acompanham, bem como a “dificuldade e morosidade na procura de respostas efetivas”. No caso da violência doméstica, tem chegado à APAV Açores queixas por parte de pessoas idosas que sofrem nas mãos dos filhos(as), muitos deles toxicodependentes.
No que toca às jornadas, Sílvia Branco adianta quais os temas que vão estar em destaque.
A Inteligência Artificial estará, também, em debate nas jornadas. A responsável alerta que esta traz novas formas de violência.
A gestora da APAV Açores diz que estes assuntos são, ainda, “muito atuais”, pois continua a haver uma procura, cada vez maior, por parte de pessoas vítimas de crime por aquela entidade por terem uma “abrangência de intervenção alargada”. Nesse sentido, assegura que é importante haver estes momentos de reflexão para que possam analisar o que de menos bom têm e aquilo que podem melhorar”.
Os interessados têm até ao dia 12 de novembro para se inscreverem e podem fazê-lo através do site da APAV (https://apav.org.pt/jornadas/index.php/home-acores#Inscricao), tendo um custo de 5 euros.
As VIII Jornadas da APAV Açores acontecem, a 14 de novembro, no auditório do Laboratório Regional de Engenharia Civil, em Ponta Delgada.
Fonte: Rádio Atlântida