Os Açores “encontram-se numa espiral de pobreza que é preciso combater urgentemente”. O alerta é dado por Vítor Fraga, presidente da SEDES Açores – Sociedade de Desenvolvimento Económico e Social, ao fazer um balanço de 2024. Já este ano, será “desafiante”.
De acordo com o responsável, as prioridades daquela instituição assentam em dois pilares: “atingir uma evolução positiva na educação e a criação de riqueza”.
Deste modo, será necessário investir numa “política de fortalecimento da economia, de forma a torná-la mais diversificada e sofisticada”. Para isso, segundo o dirigente, deverá haver “o envolvimento de todos”, tendo como base “um compromisso político e social mais forte, abrangente, que seja orientado para princípios de justiça social, equidade e solidariedade”.
O objetivo é alcançar uma “sociedade que promova igualdade de oportunidades, coesão e proteção social e bem-estar coletivo”.
Quanto a 2024, foi um ano marcado por “uma evolução em alguns indicadores económicos e sociais”. Do ponto de vista económico, Vítor Fraga refere que, apesar do aumento do turismo na região, não houve um reflexo na melhoria das condições de vida para a população e há vários motivos.
Porém, “o facto de a região continuar a ser reconhecida como um destino turístico de excelência”, destaca-se como um aspeto positivo relativo ao ano passado.
Para 2025, Vítor Fraga refere, em entrevista à Atlântida, que será um ano pautado por “grandes desafios”.
A SEDES Açores instalou-se no final do ano passado na região, mas acredita que o arquipélago tem condições “para que, num prazo de cinco anos, se possa equiparar aos indicadores sociais nacionais e, no período de uma década, consiga “equiparar-se ao nível dos europeus”.
Fonte: Rádio Atlântida