“A justiça é um valor que tem de ser construído na prevenção e na promoção”, aponta Piedade Lalanda, socióloga e professora universitária, em pleno Dia Mundial da Justiça Social.
Para a investigadora da Universidade dos Açores (UAc), “falar de justiça social é, em primeiro lugar, falar de direitos humanos”, mas também de solidariedade coletiva.
Deste modo, os rendimentos dos cidadãos, o acesso à saúde, à educação, o sentimento de segurança são aspetos fulcrais que proporcionam uma “vida melhor”. Por isso, quando as pessoas não têm um vínculo às empresas ou quando têm um trabalho precário, “não há garantia de futuro”, garante Piedade Lalanda. O mesmo acontece no domínio da segurança, “não há justiça social quando existem vítimas de um crime, seja na família, escola, trabalho, cônjuges e etc.”.
Neste sentido, a docente alerta para a importância de haver medidas e políticas públicas para reduzir as diversas desigualdades, assente em sistemas de apoio e ajuda, uma vez que “uma sociedade justa, não é uma sociedade que remedeia situações de injustiça”, mas sim que as previne.
Piedade Lalanda deixa, assim, um apelo aos cidadãos para assinalar o Dia Mundial da Justiça Social.
De acordo com a investigadora academia açoriana, ter a consciência do que “está mal na sociedade” é o primeiro passo para fazer a transformação social.
Fonte: Rádio Atlântida