O deputado do PS/A, Berto Messias, considerou que as afirmações do vice-presidente do Governo Regional sobre as IPSS levantam “suspeitas graves” sobre o trabalho que estas desempenham na Região.
No âmbito de uma sessão de perguntas ao executivo açoriano, Artur Lima, que tutela a área social, disse que “somos a Região do país com maior densidade de IPSS, isto quer dizer alguma coisa, e a coisa não é boa, isto quer dizer que andámos a criar IPSS talvez com outro objetivo que não o de ajudar as pessoas”. Acusação que o socialista considera “gravíssima, pela insinuação e suspeitas que levanta sobre o trabalho de todas as Instituições Particulares de Solidariedade Social da Região, cujos órgãos sociais desenvolvem um trabalho de extrema importância em várias áreas, voluntariamente e sem receber nada em troca, servindo milhares de açorianos em várias áreas, além de gerarem milhares de postos de trabalho”.
“O atual Governo Regional, que se diz “desgovernamentalizador”, é o governo que, de forma crescente, se tem vindo a meter com tudo e com todos e agora põe em causa a existência e trabalho das IPSS dos Açores. Caso o Sr. vice-presidente não saiba, vigora em Portugal a liberdade de associação, a não ser que agora, com este Governo Regional, tenhamos uma espécie de processo de homologação da constituição de associações e de Instituições Particulares de Solidariedade Social? questionou Berto Messias.
De acordo com o também vice-presidente do PS/Açores, esta visão de Artur Lima é “preocupante e evidencia uma postura de desconfiança e de suspeição sobre o trabalho destas Instituições, o que não augura nada de bom sobre o futuro”.
Fonte: PS/A/ RA