Os setores da apicultura, horticultura e fruticultura são os que vão ser mais afetados com a presença da vespa asiática nos Açores. Quem o diz é Bruno Almeida, diretor do Serviço de Desenvolvimento Agrário de São Miguel, que falava, à Atlântida, no âmbito da ação de formação sobre aquele inseto a decorrer hoje em Ponta Delgada.
O responsável refere, ainda, que haverá uma mudança ao nível do ambiente.
A sua presença pode também prejudicar a saúde pública, devido às suas picadas que são mais agressivas do que a de uma vespa germânica, ou seja, de uma abelha. Contudo, o engenheiro zootécnico alerta para que a população não fique em “pânico”, afirmando que teremos de conviver com elas. Aconselha a população a não mexer nos ninhos, nem bater palmas quando tiver contacto com este tipo de inseto, pois quanto mais calmas estiverem as pessoas mais depressa desaparece.
O responsável assegura que a vespa asiática é facilmente identificada e é diferente da vespa germânica, sendo “muito maior” no que toca ao tamanho.
Bruno Almeida revela a forma como deve a população agir, caso encontre um ninho de vespas asiáticas.
Sobre a ação de formação que vai acontecer, hoje, pelas 19h00, no auditório do Laboratório Regional de Engenharia Civil, em Ponta Delgada, vai contar com João Casaca, da Federação Nacional de Apicultores de Portugal.
O evento é aberto aos apicultores, à Polícia de Segurança Pública (PSP), Guarda Nacional Republicana (GNR), bombeiros e a todas as pessoas e instituições interessadas em saber mais sobre o assunto.
Bruno Almeida adianta este inseto pode ter entrado no arquipélago há um ano, não sabendo como pode ter sido transportado.
Recorde-se que a vespa asiática foi identificada, pela primeira vez, na região, a 27 de janeiro deste ano, na freguesia de Rabo de Peixe, no concelho da Ribeira Grande. Desde então, o Serviço de Desenvolvimento Agrário de São Miguel tem estado a espalhar, num raio de 5 a 7 km, armadilhas para que se consiga apanhar as vespas e conter a sua propagação.
Fonte: Rádio Atlântida