Os Açores são um ecossistema “bastante natural, selvagem e preservado”. Em pleno Dia Mundial da Baleia, Miguel Cravinho, presidente da assembleia da Associação de Observadores Marítimo-Turísticos dos Açores (AOMA), refere que estes mamíferos marinhos fazem parte da cultura açoriana e que a prática de whale watching proporciona uma experiência educativa.
À Atlântida, o responsável assume que, no contexto ecológico, a baleia tem um papel central.
A sobrepesca, o tráfico marinho e a poluição sonora debaixo de água são algumas das ameaças antropogénicas que têm impactos nesses animais. Porém, segundo Miguel Cravinho, estes efeitos são menores na região.
A atividade do whale watching no arquipélago, praticada ao longo dos últimos 25 anos, é “muito boa” em comparação com os 140 destinos no Mundo que também oferecem este produto. Os operadores têm aplicado várias práticas para promover o bem-estar animal e respeitar o ambiente.
De acordo com o também gerente da empresa Terra Azul, o whale watching proporciona às pessoas uma experiência turística e educativa. É possível “aprender sobre os aspetos da biologia da baleia e a importância da sua conservação”, de forma a contribuir para uma maior consciencialização do ecossistema marinho.
Nos Açores, há cerca de 26 espécies diferentes de cetáceos para observar no seu ambiente natural, das quais quatro são residentes, como o cachalote, o golfinho-comum, o golfinho-roaz e o golfinho-de-risso.
Em 1993, nasceu a primeira empresa de observação de baleias nas Lajes do Pico, na ilha do Pico. A experiência de whale watching permite “manter viva a memória da caça à baleia, que ainda se reproduz através das regatas dos botes baleeiros, sendo esta uma forma de celebrar este animal”.
Fonte: Rádio Atlântida