“O professor doutor Mário Ruivo tinha uma ligação especial com a Região por via da defesa da investigação científica ligada ao mar, em especial ao mar profundo, que se faz a partir dos Açores”, afirmou Vasco Cordeiro.
Segundo disse, “o professor doutor Mário Ruivo manteve, ainda, uma estreita colaboração com as entidades regionais nos assuntos relacionados com o Mar e com o desenvolvimento sustentável”.
Mário Ruivo, Doutor Honoris Causa em Ciências do Mar pela Universidade dos Açores, mereceu o reconhecimento da Região pelo seu trabalho em defesa e valorização ambiental do Mar, através da atribuição, em 2013, da Insígnia Autonómica de Reconhecimento.
Formado em Biologia pela Universidade de Lisboa, em 1950, Mário João de Oliveira Ruivo especializou-se em Oceanografia Biológica e Gestão de Recursos Vivos, tendo desenvolvido uma vasta investigação em Portugal e no estrangeiro.
Durante a ditadura, foi um destacado antifascista, tendo estado ligado a diversos movimentos de resistência ao regime.
Desempenhou, entre outros, os cargos de Presidente da Comissão Oceanográfica Intersectorial do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, de Presidente do Conselho Nacional do Ambiente e do Desenvolvimento Sustentável e de Presidente do Comité para a Comissão Oceanográfica Intergovernamental da UNESCO.
Foi, ainda, Diretor da Divisão de Recursos Aquáticos e do Ambiente/Departamento de Pescas da FAO (Roma), Coordenador da Comissão Mundial Independente para os Oceanos e membro da Comissão Estratégica dos Oceanos.